Ciências & Tecnologias
Blog de notícias sobre o mundo das Ciências & Tecnologias
Matrix na vida real: estamos vivendo em uma simulação de computador?
Imagem: Marcel Lisboa/Arte UOL
Sem tempo, irmão
- A gente já viu esse filme, e ele se chama Matrix
- Há cientistas que acreditam na possibilidade de o universo ser uma simulação
- Outros acreditam que esse debate é mais metafísico do que científico
- Se sabe que, nesse mundo, temos tecnologia para simular um único núcleo de hélio
Sua casa pode não existir de verdade. Aliás, nem seu carro, sua família, nem você. O que a gente chama de realidade pode não ser real de fato. Tudo pode não passar de uma simulação criada por computador, como no filme Matrix, Para alguns cientistas, em vez de ficção científica, o que vimos no filme pode ser encarado como fato.
Em outubro, uma reportagem da revista Scientific American com o astrônomo David Kipping, da Universidade de Columbia ganhou destaque na mídia internacional. Nela, o cientista diz que há 50% de chance de estarmos vivendo em uma simulação (e isso soa bem assustador!).
Na verdade, Kipping está propondo um novo olhar para uma ideia apresentada em 2001 pelo filósofo Nick Bostrom. O professor sueco da Universidade de Oxford (Reino Unido) trouxe ao mundo três hipóteses relacionadas à possibilidade de estarmos vivendo em uma simulação:
1 - As civilizações humanas têm grandes chances de entrar em extinção antes de atingir a maturidade tecnológica;
2 - As civilizações que atingiram a tal maturidade tecnológica perderam o interesse em criar realidades simuladas;
3 - É quase certo que estamos vivendo em uma simulação feita por computador.
Agora, o que Kipping fez foi simplesmente reduzir as duas primeiras hipóteses em uma: a que não vivemos em uma simulação. Ou seja, se há uma hipótese que diz que não estamos em uma simulação e outra que afirma que estamos, há 50% de cada uma ser verdadeira.
Metafísica ou ciência?
Tanto Bostrom como Kipping levantam a hipótese da simulação de forma abstrata. Ou seja, o interesse deles não é provar nada, mas trazer um questionamento. Para João Cortese, professor de filosofia do Instituto de Biociência da USP (Universidade de São Paulo), essa pode ser uma discussão metafísica e não científica. "No fundo, acho que tem uma questão. Será que é uma questão da ciência ou é uma questão metafísica? Se não der nunca para refutar, não é nunca científico", afirmou.
"A grande pergunta que me parece surgir aqui é o quanto a matemática dá conta de descrever o mundo. Ou do limite do que a ciência pode responder" João Cortese, da USP.
No passado, o astrônomo Galileu Galilei disse que Deus usou a matemática para escrever o universo. Ou seja, ao formular uma hipótese de que o mundo é, na verdade, uma simulação, a matemática é o caminho para se provar isso. "Na ciência, é comum que os físicos criem modelos por meio da matemática e, se bem-sucedidos para a física, podem ser testados. Se não puder ser testado, não é ciência. Talvez, os dois autores estejam manipulando ferramentas matemáticas para abrir concepções sobre nós e o mundo onde vivemos", explicou Cortese.
O universo seria uma simulação computacional finita
Cena do filme "Matrix"
Imagem: Reprodução
Cientistas descobrem um planeta onde chove pedra e os ventos são supersônicos
Asteroide que será visitado pela NASA muda de nome e agora se chama Dimorphos
Planeta gigantesco do tamanho de Júpiter é descoberto por cientistas
SpaceX e NASA lançam astronautas ao espaço com sucesso
Você acredita que o homem pisou na lua?
Terra captura segunda 'mini-Lua' do tamanho de um carro
Planeta ‘gigante bebê’ é descoberto perto do nosso Sistema Solar
Os cientistas usaram dados do Observatório Espacial Gaia para fazer a descoberta. O planeta bebê gigante orbita uma estrela com apenas 5 milhões de anos, mil vezes mais jovem que o Sol.
O planeta orbita seu sol a 600 vezes a distância da Terra ao Sol. Como esse planeta jovem e gigante poderia ter se afastado tão longe de sua jovem estrela "mãe" é um mistério. Os autores esperam que a imagem e espectroscopia de acompanhamento ajudem os astrônomos a entender como planetas massivos podem terminar em órbitas tão amplas.