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Matrix na vida real: estamos vivendo em uma simulação de computador?

Imagem: Marcel Lisboa/Arte UOL

Publicado por: Redação Mostarda Nerd | 02 de dezembro de 2020

Texto original publicado por: Thiago Varella
Colaboração para Tilt
27/11/2020

"A grande pergunta que me parece surgir aqui é o quanto a matemática dá conta de descrever o mundo. Ou do limite do que a ciência pode responder" João Cortese, da USP. 

Sem tempo, irmão



  • A gente já viu esse filme, e ele se chama Matrix
  • Há cientistas que acreditam na possibilidade de o universo ser uma simulação
  • Outros acreditam que esse debate é mais metafísico do que científico
  • Se sabe que, nesse mundo, temos tecnologia para simular um único núcleo de hélio


Sua casa pode não existir de verdade. Aliás, nem seu carro, sua família, nem você. O que a gente chama de realidade pode não ser real de fato. Tudo pode não passar de uma simulação criada por computador, como no filme Matrix, Para alguns cientistas, em vez de ficção científica, o que vimos no filme pode ser encarado como fato.


Em outubro, uma reportagem da revista Scientific American com o astrônomo David Kipping, da Universidade de Columbia ganhou destaque na mídia internacional. Nela, o cientista diz que há 50% de chance de estarmos vivendo em uma simulação (e isso soa bem assustador!).


Na verdade, Kipping está propondo um novo olhar para uma ideia apresentada em 2001 pelo filósofo Nick Bostrom. O professor sueco da Universidade de Oxford (Reino Unido) trouxe ao mundo três hipóteses relacionadas à possibilidade de estarmos vivendo em uma simulação:



          1 - As civilizações humanas têm grandes chances de entrar em extinção antes de atingir a maturidade tecnológica;


          2 - As civilizações que atingiram a tal maturidade tecnológica perderam o interesse em criar realidades simuladas;


          3 - É quase certo que estamos vivendo em uma simulação feita por computador.



Agora, o que Kipping fez foi simplesmente reduzir as duas primeiras hipóteses em uma: a que não vivemos em uma simulação. Ou seja, se há uma hipótese que diz que não estamos em uma simulação e outra que afirma que estamos, há 50% de cada uma ser verdadeira.




Metafísica ou ciência?


Tanto Bostrom como Kipping levantam a hipótese da simulação de forma abstrata. Ou seja, o interesse deles não é provar nada, mas trazer um questionamento. Para João Cortese, professor de filosofia do Instituto de Biociência da USP (Universidade de São Paulo), essa pode ser uma discussão metafísica e não científica. "No fundo, acho que tem uma questão. Será que é uma questão da ciência ou é uma questão metafísica? Se não der nunca para refutar, não é nunca científico", afirmou.



"A grande pergunta que me parece surgir aqui é o quanto a matemática dá conta de descrever o mundo. Ou do limite do que a ciência pode responder"  João Cortese, da USP.



No passado, o astrônomo Galileu Galilei disse que Deus usou a matemática para escrever o universo. Ou seja, ao formular uma hipótese de que o mundo é, na verdade, uma simulação, a matemática é o caminho para se provar isso. "Na ciência, é comum que os físicos criem modelos por meio da matemática e, se bem-sucedidos para a física, podem ser testados. Se não puder ser testado, não é ciência. Talvez, os dois autores estejam manipulando ferramentas matemáticas para abrir concepções sobre nós e o mundo onde vivemos", explicou Cortese.

O universo seria uma simulação computacional finita

Cena do filme "Matrix"

Imagem: Reprodução

Mas também existem autores que de fato tentam provar que estamos em uma simulação. Zohreh Davoudi, professora de física da Universidade de Maryland, é uma dessas pessoas. 

Ela já publicou um estudo com a hipótese de que o universo seria uma simulação computacional finita. A teoria é bastante complicada. Ela estuda as chamadas interações fortes, uma força fundamental da natureza. Para entendê-las, é necessário fazer simulações numéricas viáveis com os computadores que temos hoje —o que, até agora, trouxe como resultado a simulação de um único núcleo de hélio, que é composto de dois prótons e dois nêutrons. 

Talvez, segundo Davoudi, daqui a alguns anos conseguiremos simular algo muito maior como uma molécula ou, quem sabe, alguns centímetros de matéria ou até o cérebro humano. Sobretudo se considerarmos que, no futuro, a computação quântica —que consegue processar dados de forma muito maior que a atual— estará ainda mais desenvolvida e estabelecida. 

Isso tudo fez a cientista especular que podemos já estar vivendo em uma simulação. Uma maneira de se provar seria analisando as assinaturas de energia de raios cósmicos, gerados em explosões de estrelas na Via Láctea. Essas assinaturas poderiam confirmar o que é visto nas atuais simulações em computador da criação do universo. Mas isso ainda não foi visto —isso, claro, considerando um poder computacional finito. 

Para Houman Owhadi, especialista em matemática computacional do Instituto de Tecnologia da Califórnia, se o poder computacional for infinito, o computador faz o que quiser com a simulação e não poderemos nunca notar qualquer falha para dizer se vivemos ou não em uma simulação. 

Se você se convenceu com todo esse papo, quem sabe seu instinto é de ser um novo Neo, da Matrix, e buscar a realidade ou a nossa fuga dessa tal simulação. Agora, se você não deixa de dormir por isso, quem sabe não convence o banco que, se tudo é uma simulação, não é preciso pagar seus boletos? Boa sorte!



Via: https://www.uol.com.br/tilt/noticias/redacao/2020/11/27/pode-ser-que-a-gente-viva-em-uma-simulacao-feita-por-computador.htm

Cientistas descobrem um planeta onde chove pedra e os ventos são supersônicos

Publicado por: Redação Mostarda Nerd | 20 de novembro de 2020

“Todos os planetas rochosos, incluindo a Terra, começaram como mundos derretidos, mas depois esfriaram e solidificaram rapidamente. Os planetas lava nos dão um raro vislumbre neste estágio da evolução planetária ”, disse o professor Nicolas Cowan, que supervisionou o estudo. 

Se você pensou que nosso planeta era ruim, você deveria tentar mudar para o planeta K2-141b.

Os cientistas identificaram o que dizem ser um dos “planetas mais extremos” já descobertos nas bordas do nosso sistema solar . Quão extremo, você pergunta? Bem, para começar, seus oceanos são feitos de lava derretida. Ah, e também chove pedras e tem ventos supersônicos. 

“O estudo é o primeiro a fazer previsões sobre as condições meteorológicas em K2-141b que podem ser detectadas a centenas de anos-luz de distância com telescópios de última geração, como o Telescópio Espacial James Webb,” Giang Nguyen, um estudante de PhD na Universidade de York , e principal autor do estudo, disse . 

Os autores compartilharam, assim como o ciclo da água da Terra faz com que a água evapore e suba para a atmosfera e caia como chuva novamente, “o mesmo acontece com o sódio, o monóxido de silício e o dióxido de silício em K2-141b.” Isso significa que o vapor mineral evapora e cai novamente como uma “chuva” de rocha. 

Embora isso possa parecer totalmente selvagem, na verdade é um processo pelo qual a Terra também pode ter passado. 

“Todos os planetas rochosos, incluindo a Terra, começaram como mundos derretidos, mas depois esfriaram e solidificaram rapidamente. Os planetas lava nos dão um raro vislumbre neste estágio da evolução planetária ”, disse o professor Nicolas Cowan, que supervisionou o estudo. 

Além dos oceanos derretidos e das chuvas rochosas, os autores também descobriram que cerca de dois terços do planeta fica em perpétua luz do dia. Isso, explicaram os autores, se deve à proximidade do planeta com sua estrela, que o mantém gravitacionalmente travado no lugar. E enquanto um lado fica sob o sol eterno, o outro fica na escuridão total, fazendo com que esse lado tenha temperaturas abaixo de -200 graus Celsius. 

“Nossa descoberta provavelmente significa que a atmosfera se estende um pouco além da costa do oceano de magma, tornando mais fácil localizá-la com telescópios espaciais”, disse Cowan.

Em seguida, os cientistas vão testar suas previsões sobre o clima selvagem do planeta usando mais dados do Telescópio Espacial Spitzer, que deve dar a eles uma visão ainda mais precisa de suas temperaturas. Por enquanto, você pode pelo menos usar essas informações como uma perspectiva de que nosso planeta não é tão pobre. E talvez usá-lo como inspiração para fazer algo bom para a Mãe Natureza hoje. 

Via: CLM Brasil

Asteroide que será visitado pela NASA muda de nome e agora se chama Dimorphos

Publicado por: Redação Mostarda Nerd | 03 de julho de 2020

A sonda DART deliberadamente vai se colidir contra Dimorphos para alterar seu movimento no espaço e, se os testes se mostrarem efetivos, esse pode ser um caminho viável para, no futuro, desviarmos a órbita de asteroides potencialmente perigosos para o nosso planeta.

Em 2022, a NASA enviará a missão DART (Double Asteroid Redirection Test) para um sistema binário de asteroides, com o objetivo de causar um impacto a fim de verificar se é possível desviar a órbita do objeto menor, que orbita o asteroide maior chamado Didymos. Essa "lua" vinha sendo chamada informalmente de Didymos B, mas, agora, acaba de ganhar um nome oficial: Dimorphos.

A sonda DART deliberadamente vai se colidir contra Dimorphos para alterar seu movimento no espaço e, se os testes se mostrarem efetivos, esse pode ser um caminho viável para, no futuro, desviarmos a órbita de asteroides potencialmente perigosos para o nosso planeta.

Didymos foi descoberto em 1996 por Joe Montani, do projeto Spacewatch da Universidade do Arizona. Depois que sua órbita foi confirmada, o objeto foi analisado por outros astrônomos, até ser batizado oficialmente como Didymos. Já em 2003, o astrônomo Petr Pravec do Observatório Ondřejov, na República Tcheca, estava monitorando o brilho de um outro asteroide quando reconheceu um padrão que indicava ser de uma pequena lua. Então, cientistas planetários de diversos lugares do mundo trabalharam em conjunto para reunir mais evidências de que o segundo objeto era mesmo uma lua de Didymos, até que o sistema binário foi confirmado.

Alguns anos atrás, a NASA decidiu que o então chamado Didymos B seria um alvo perfeito para a missão DART e sua tentativa de desvio de órbita. A mudança de nome para Dimorphos veio como sugestão de Kleomenis Tsiganis, cientista planetário da Universidade Aristóteles de Thessaloniki e membro da equipe da DART. "Dimorphos, que significa 'duas formas', reflete o status desse objeto como o primeiro corpo celeste a ter a 'forma' de sua órbita significativamente alterada pela humanidade — nesse caso, pelo impacto do DART", disse Tsiganis. "Como tal, será o primeiro objeto a ser conhecido pelos seres humanos por duas formas muito diferentes, a vista pelo DART antes do impacto e a outra vista pela Hera da Agência Espacial Europeia (ESA), alguns anos depois."

A missão Hera, da ESA, enviará uma sonda para lá depois do impacto causado pela missão DART, da NASA, para avaliar e estudar a cratera de impacto formada pela colisão artificial. Assim, ambas as agências trabalharão juntas nessa missão tão complexa.

Dimorphos mede apenas 160 metros de diâmetro, enquanto Didymos tem 780 metros de diâmetro. A missão DART será lançada no final de 2022, com a HERA sendo lançada em 2023 e chegando a seu destino três anos depois.

Fonte: NASA | CanalTech


Planeta gigantesco do tamanho de Júpiter é descoberto por cientistas

Publicado por: Redação Mostarda Nerd | 03 de julho de 2020

David Armstrong, autor principal do estudo, afirmou em entrevista ao Space que, com a quantidade de informações inéditas coletadas a cada dia, esse tipo de novidade não deveria ser uma surpresa. Ainda assim, é. "Com sorte, esse novo tipo de formação, visto no TOI-849b, pode nos ajudar a compreender os mecanismos do próprio Sistema Solar".

Um novo planeta do tamanho de Júpiter e orbitando uma estrela distante foi descoberto por pesquisadores e trouxe uma revelação sem precedentes. Batizado de TOI-849b, a característica mais marcante do corpo celeste é que, ao contrário de objetos dessa proporção, ele não é formado principalmente por gases, o que sugere que a ciência desconhece muita coisa sobre a formação e a evolução do Universo.

David Armstrong, autor principal do estudo, afirmou em entrevista ao Space que, com a quantidade de informações inéditas coletadas a cada dia, esse tipo de novidade não deveria ser uma surpresa. Ainda assim, é. "Com sorte, esse novo tipo de formação, visto no TOI-849b, pode nos ajudar a compreender os mecanismos do próprio Sistema Solar".


O planeta foi detectado pelo Transiting Exoplanet Survey Satellite (TESS), da NASA, lançado em 2018 e responsável pela descoberta de pelo menos 50 mundos, além de mais de 2 mil outros candidatos, chamados de objetos de interesse. Utilizando o método de trânsito, o equipamento é capaz de avaliar alterações minúsculas no brilho das estrelas, os mergulhos, que indicam que algo está passando na frente delas.

Com isso, a equipe descobriu que o gigante está realmente próximo de sua estrela, completando uma volta a cada 18 horas. Essa é uma região chamada de Deserto Neptuniano, pois raramente há ocorrência de planetas do tipo por lá.

Diferente por quê?

É preciso salientar o porquê de esse tipo de objeto causar tanta surpresa. Para começar, enquanto a temperatura da superfície de Júpiter é de, em média, 108 °C negativos, em TOI-849b pode chegar a 1.530 °C. E mais: ele tem duas ou três vezes mais massa que nosso vizinho Netuno, que, por sua vez, é 17 vezes mais pesado que a Terra. "É o planeta mais massivo encontrado até hoje, com densidade semelhante à daqui", explicou Armstrong.

"Esperávamos que algo do tipo acumulasse grandes quantidades de hidrogênio e hélio quando se formou. O fato de não vermos esses gases nos permite saber que se trata de um núcleo planetário exposto. É a primeira vez que descobrimos um núcleo intacto de um gigante gasoso ao redor de uma estrela".
Para chegarem a essas conclusões, David e sua equipe utilizaram, também, um instrumento chamado High Accuracy Radial Velocity Planet Searcher (HARPS), instalado no Observatório de La Silla, no Chile. Com ele, é possível rastrear com precisão o movimento das estrelas, revelando o quanto suas órbitas são alteradas pela força gravitacional dos planetas em volta.

Ainda assim, não é clara a maneira como TOI-849b chegou ao que é hoje. O estágio evolucionário atual é considerado bizarro pelos pesquisadores. O planeta pode ter sido realmente um gigante gasoso que perdeu sua atmosfera ao se aproximar de sua anfitriã ou ao colidir com outro corpo celeste. Além disso, pode nunca ter acumulado gás o bastante, uma vez que a radiação solar do ponto em que se encontra não é considerada intensa o suficiente para remover completamente a camada de um gigante como ele.

"É um grande mistério. Nossa pista principal para continuar investigando o fenômeno é justamente o fato de ele estar no Deserto Neptuniano, o que sugere uma história muito rara. Precisamos de mais estudos para termos certeza".

Quem disse que é preciso ir muito longe para ver coisas estranhas? Em nosso Sistema Solar, temos o asteroide metálico Psyche, que cientistas acreditam ser o núcleo exposto de um planeta do tamanho de Marte. Uma missão marcada para agosto de 2022 vai contar um pouco mais sobre ele, chegando por lá em 2026.

Via: techmundo

SpaceX e NASA lançam astronautas ao espaço com sucesso

Publicado por: Redação Mostarda Nerd | 02 de junho de 2020

O lançamento da SpaceX de hoje (30) foi um momento histórico para as missões tripuladas da NASA. Depois de nove anos enviando seus astronautas ao espaço de "carona" em foguetes russos, a agência espacial americana voltará a realizar voos espaciais com humanos a partir de seu território.

A Dragon Crew, cápsula espacial da SpaceX, acaba de decolar de uma base no estado norte-americano da Flórida. Este foi o primeiro lançamento tripulado feito por uma empresa particular na história da exploração espacial. Dois astronautas da NASA, Douglas Hurley e Robert Behnken, estão a bordo seguindo viagem para a Estação Espacial Internacional.

Elon Musk, CEO e fundador da SpaceX, chegou a comentar na manhã de hoje, que havia grandes chances de o lançamento ser cancelado novamente. A primeira tentativa foi realizada na quinta-feira (27), quando mau tempo obrigou a NASA e a empresa de Musk a abortarem a missão.

Momento histórico

O lançamento da SpaceX de hoje (30) foi um momento histórico para as missões tripuladas da NASA. Depois de nove anos enviando seus astronautas ao espaço de "carona" em foguetes russos, a agência espacial americana voltará a realizar voos espaciais com humanos a partir de seu território.

A missão Demo-2 também marca o primeiro lançamento de uma cápsula Crew Dragon, da SpaceX, transportando astronautas, inaugurando o modelo de parceria com a iniciativa privada em missões tripuladas.

Desde que seu programa de ônibus espaciais foi encerrado em 2011, a NASA deixou de desenvolver sozinha suas missões, passando a contar com a ajuda de empresas privadas em voos de carga a partir de 2012.

Missão da SpaceX retoma confiança da NASA

A confiança faz do voo de hoje um lançamento essencial para os EUA, mesmo com a pandemia causada pelo novo coronavírus que assola o país, segundo o administrador da NASA, Jim Bridenstine.

"Nosso país passou por muita coisa. Mas este é um momento único em que todos os Estados Unidos podem ter um momento e olhar para o nosso país fazer algo impressionante novamente", disse Bridenstine durante uma entrevista coletiva realizada no dia 26 deste mês.

Próximas missões da NASA

A missão Demo-2 da SpaceX será um importante teste para o programa Artemis da NASA, que pretende pousar seres humanos no polo sul da Lua em 2024. "Estamos provando um modelo de negócios de parceria público-privada que, em última análise, nos permitirá ir à Lua de forma sustentável", disse Bridenstine.

Mesmo sem a certeza do lançamento de hoje, a NASA já está preparando uma nova missão, chamada Crew-1, com previsão de lançamento no dia 30 de agosto. Mas um novo lançamento só ocorrerá após a Demo-2 completar a missão de teste com segurança.

Via: techmundo.

Você acredita que o homem pisou na lua?

Publicado por: JP Vaz | 05 de maio de 2020

No ano passado (2019), o mundo comemorou os 50 anos da aterrissagem da missão Apollo 11, primeira a pousar na superfície da Lua. Até hoje, os astronautas Buzz Aldrin e Neil Armstrong são vistos como pioneiros pela maioria das pessoas, incluindo a comunidade científica. Porém, existem controvérsias quanto a veracidade desta missão tripulada ao satélite natural.


Milhões de pessoas no mundo estão convencidas de que o homem não pisou na Lua em 1969 e de que as imagens da Nasa foram gravadas em um estúdio de Hollywood.

Bastam alguns cliques para encontrar milhares de sites na internet que questionam a realidade da missão de Apolo 11. Não somente sites, mas também estas teorias da conspiração estão publicadas em revistas e livros ao redor do mundo.

No entanto, vários grupos conspiracionistas acreditam que a alunissagem foi uma farsa, patrocinada pela NASA e pelo governo norte-americano. De acordo com a teoria, a necessidade dos Estados Unidos de vencer a corrida espacial contra a União Soviética e pousar na lua antes dos comunistas teria sido o principal motivo da suposta armação.

De qualquer forma, as mini-luas, como são denominados estes objetos pequenos que orbitam temporariamente a Terra, existem em abundância. No entanto, é raro detectá-las, já que seu diâmetro pequeno dificulta seu reconhecimento.

O escritor Bill Kaysing é conhecido como o "pai" desta teoria conspiratória. Em 1976, ele publicou o livro We Never Went to the Moon: America's Tirty Billion Dollar Swindle (Nós nunca fomos à Lua: A Fraude Americana de 30 bilhões de dólares, em tradução livre). Kaysing era veterano da Marinha norte-americana e depois trabalhou como técnico na Rocketdyne, empresa que forneceu motores para o foguete Saturno V, utilizado na missão Apollo 11 .

O escritor citou alguns motivos, que ele chamou do provas, do por quê a situação foi encenada:

A fato da bandeira norte-americana ter tremulado no espaço;
A ausência de estrelas;
A ausência de uma câmera fotográfica nas mãos de Aldrin em uma imagem que ele aparece refletido no capacete de Armstrong;
O fato do foguete não ter aberto um buraco no solo lunar.

Contudo, se há céticos que não dão o braço a torcer, há aqueles que acreditam veemente nas missões da Nasa, principalmente a missão da Apollo 11. Existem vários argumentos que podem derrubar todas as "fake news" da Apollo 11. 

O governo americano já sinalizou que pretende enviar astronautas a lua em 2024 e depois marte. Porém, a situação não é tão simples assim. E quando se trata de enviar pessoas, custa muito caro. Neste sentido, o Congresso americano está relutante em financiar um aumento do orçamento da Nasa indispensável para acelerar o calendário.

O objetivo de 2024 será ainda mais difícil de cumprir, já que o desenvolvimento do mega-foguete SLS está atrasado. Os empreiteiros espaciais, incluindo Elon Musk (SpaceX) e Jeff Bezos (Blue Origin), estão sendo chamados pela Nasa para ajudar a reduzir os custos das missões, mas as licitações ainda não foram finalizadas.

E você? acredita que o homem pisou na lua? 

O homem na lua em 1969, missão Apollo 11

Terra captura segunda 'mini-Lua' do tamanho de um carro

Publicado por: JP Vaz | 03 de março de 2020

Astrônomos descobriram que a Terra tem mais um companheiro de órbita. A equipe do programa de monitoramento Catalina Sky Survey (CSS), ligado à Nasa, descobriu um asteroide que ficou preso à órbita terrestre nos últimos anos. Isso fez com que, na prática, ele se transformasse em uma mini-lua.

O objeto, batizado de 2020 CD3 foi descoberto na noite de 15 de fevereiro pelos pesquisadores Teddy Pruyne e Kacper Wierzchos.

A "mini-lua", que orbita a Terra, provavelmente é um asteroide carbonáceo, ou seja, um tipo de objeto mais comum do nosso Sistema Solar, que tem entre 1,9 e 3,5 metros de comprimento. Ela foi batizada de 2020 CD3. Os especialistas no assunto passaram então a investigar sua trajetória e acreditam que ela deva permanecer orbitando a Terra. Esse seu percurso seguirá até, pelo menos, abril de 2020. Após esse período, seguirá uma outra direção.

Não é o primeiro caso de um pequeno asteroide que se prende à gravidade terrestre. Entre 2006 e 2007, houve o caso do 2006 RH120, também descoberto pelo CSS, que orbitou a Terra por menos de um ano até se libertar e seguir seu caminho.

De qualquer forma, as mini-luas, como são denominados estes objetos pequenos que orbitam temporariamente a Terra, existem em abundância. No entanto, é raro detectá-las, já que seu diâmetro pequeno dificulta seu reconhecimento.

As mimiluas são objetos que, assim como o 2020 DC3, são atraídas temporariamente. Isso acontece por causa da gravidade de um planeta ou qualquer outro corpo celeste. É por esse motivo, que também são conhecidas como objetos capturados temporariamente (TCOs). A descoberta recente foi compartilhada no Twitter, por especialistas da Universidade do Arizona. Eles pediram a ajuda de outros astrônomos para que pudessem estudar o objeto. Acontecimentos assim são muito raros.

Além disso, elas acabam escapando da órbita terrestre depois de pouco tempo. O fato de que o último objeto similar foi reconhecido há 14 anos mostra, portanto, o quão incomum é a detecção.

As mini-luas são objetos que, assim como o 2020 DC3, são atraídas temporariamente. Isso acontece por causa da gravidade de um planeta ou qualquer outro corpo celeste. É por esse motivo, que também são conhecidas como objetos capturados temporariamente (TCOs). A descoberta recente foi compartilhada no Twitter, por especialistas da Universidade do Arizona. Eles pediram a ajuda de outros astrônomos para que pudessem estudar o objeto. Acontecimentos assim são muito raros.

Vista em perspectiva da órbita do CD3 2020 sobre a Terra. A faixa branca é a órbita da Lua, o satélite principal e permanente da Terra. Crédito: Tony873004

Planeta ‘gigante bebê’ é descoberto perto do nosso Sistema Solar

Publicado por: JP Vaz | 14 de fevereiro de 2020

Cientistas do Instituto de Tecnologia de Rochester descobriram um planeta maciço recém-nascido mais próximo da Terra do que qualquer outro da mesma idade jovem encontrado até hoje. O planeta gigante bebê, chamado 2MASS 1155-7919 b, está localizado na Associação Epsilon Chamaeleontis e fica a apenas 330 anos-luz do nosso sistema solar.

A descoberta, foi publicada na revista "Research Notes of the American Astronomical Society". A descoberta pode fornecer aos pesquisadores uma nova maneira interessante de estudar como se formam os gigantes gasosos.

"O objeto escuro e frio que encontramos é muito jovem, e é apenas 10 vezes a massa de Júpiter, o que significa que provavelmente estamos olhando para um planeta jovem, talvez ainda no meio da formação", disse Annie Dickson-Vandervelde, professora assistente do RIT e autora principal do trabalho, elaborado em conjunto com Emily Wilson e Joel Kastnerdisse.

"Embora muitos outros planetas tenham sido descobertos através da missão Kepler e outras missões como ela, quase todos são planetas 'antigos'. Este também é apenas o quarto ou quinto exemplo de um planeta gigante tão longe de sua estrela " mãe " , e os teóricos estão lutando para explicar como se formaram ou acabaram lá ".

Os cientistas usaram dados do Observatório Espacial Gaia para fazer a descoberta. O planeta bebê gigante orbita uma estrela com apenas 5 milhões de anos, mil vezes mais jovem que o Sol.

O planeta orbita seu sol a 600 vezes a distância da Terra ao Sol. Como esse planeta jovem e gigante poderia ter se afastado tão longe de sua jovem estrela "mãe" é um mistério. Os autores esperam que a imagem e espectroscopia de acompanhamento ajudem os astrônomos a entender como planetas massivos podem terminar em órbitas tão amplas.


Via: Space Daily
Tradução: Mostarda Nerd